Desde os tempos remotos a humanidade já utilizava os alimentos e ervas para fins medicinais, pois, ainda não existiam o que chamamos hoje de medicamentos. A dietoterapia é uma ferramenta da saúde, e em especial do profissional nutricionista, que usa dos alimentos (principalmente), para o tratamento e prevenção de enfermidades, levando ao organismo a adquirir os nutrientes necessários para a boa performance e saúde. Existem vários tipos de dietas terapêuticas que serão adotadas de acordo com a enfermidade do paciente, que são:
Dieta Hiposódica: Dieta pobre no eletrólito/mineral Sódio (Na), presente em todos os alimentos, especialmente em maior quantidade no Cloreto de Sódio (NaCl), o tradicional sal de cozinha. É indicada para pacientes hipertensos, cardiopatas, com retenção de líquidos (edemas), dentre outros.
Dieta Hipercalórica: Dieta rica em energia, que tem o objetivo de prevenir e tratar principalmente a desnutrição.
Dieta Hipocalórica: Visa a redução de calorias, é indicada nos casos de obesidade.
Dieta Hiperproteíca: Dieta rica em proteínas, usada também nos casos de desnutrição, oferecendo principalmente proteínas de alto valor biológico como a albumina, também é administrada em pacientes traumatizados como os queimados, para o desenvolvimento hiperplasia de novas células, principalmente para reconstituição do tecido lesionado.
Dieta Hipoproteíca: Dieta pobre em proteínas, indicada para para pacientes que com ingestão controlada de proteínas, como os portadores de insuficiência renal, cirrose hepática.
Dieta Hipoglicidica: Dieta pobre em glicídios (carboidratos ou açúcares), que tem como principal objetivo diminuir a quantidade destes, sem contudo diminuir necessariamente as calorias, um exemplo é a dieta para o diabético, que é pobre em glicídios simples, em destaque a sacarose, o tradicional açúcar de mesa.
Dieta Hipolipídica: Dieta pobre em gorduras, principalmente saturadas, indicada para pacientes com hipercolesterolemia e obesos.
Dieta Hiperlipídica: Dieta com uma boa quantidade de gorduras, principalmente de Triglicerídeos de Cadeia média (TCMs), geralmente indicada para tratamento de desnutrição grave. Nem sempre pode ser associada a hipercalórica, pois, pode ser ajustada de acordo com as necessidades do paciente, focando apenas a maior oferta de gorduras de boa qualidade.
A consistência também é uma fator levado em consideração, pois, muitas vezes o sistema digestório não se encontra fisiologicamente normal, dentre as consistências dietoterápicas temos:
Dieta Normal: Comumente associada a dieta terapêutica livre, trata-se de uma refeição normal, indicada para pacientes sem indicações dietoterápicas específicas.
Dieta Branda: Nesta dieta encontramos alimentos mais cozidos, fibras abrandadas por cocção ou subdivisão; de consistência mais mole, normal em calorias e nutrientes; moderada em resíduos; fácil de se mastigar, deglutir e também digerir. Indicada para pacientes com enfermidades leves e usada como transição para dieta livre.
Dieta Pastosa: Indicada geralmente para pacientes com disfagia, dificuldades de mastigação (ausência de dentes ou problemas motores), alterações gastrintestinais ou outras manifestações clínicas como pós-cirurgia. É composta por alimentos bem macios, bem cozidos, em forma de purê e papas.
Dieta Líquida: Tem o objetivo de serem facilmente deglutidas e digeridas e indicada também para problemas na mastigação, usada normalmente no pré e pós operatório, tem um curto tempo de uso e pode ser dividida em dieta líquida clara (fornece líquidos,eletrólitos, pequenas quantidades de energia, trata-se de chás, suco de frutas, gelatinas) e dieta líquida completa que é constituída de líquidos e semi-líquidos à temperatura corporal, com o mesmo objetivo da anterior, trata-se de uma dieta que deve ser complementada nutricionalmente para atingir satisfação, pois, é pobre por exemplo em fibras, pode ser usada para atender pacientes com diabetes, doença renal ou outros distúrbios. São usadas em Pacientes Em Pré-Operatorio.
As dietas terapêuticas pode ser usadas de forma isolada ou mista, dependendo do objetivo da terapia. Exemplo: Paciente diabético, hipertenso, com disfagia: Dieta hipoglicidica simples, hiposódica e pastosa.
Nutrição Entereal ou Parenteral
A nutrição pode ser feita por via oral, ou seja, pela maneira natural do processo de alimentação, ou por um modo especial. No modo especial temos a nutrição enteral e a nutrição parenteral. A primeira ocorre quando o alimento é colocado diretamente em uma área do tubo digestivo geralmente o estômago ou o jejuno através de sondas que podem entrar pela narina ou boca ou por um orifício feito por cirurgia diretamente no abdômen do paciente. A nutrição parenteral é a que é feita quando o paciente é alimentado com preparados para administração diretamente na veia, não passando pelo tubo digestivo.
A boa nutrição depende de uma dieta regular e equilibrada - ou seja, é preciso fornecer às células do corpo não só a quantidade como também a variedade adequada de substâncias importantes para seu bom funcionamento. Os guias alimentares mais conhecidos são as pirâmides alimentares.
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